Nós mulheres
temos fixação pela aparência, desde de muito jovens, desenvolvemos a
insistência em estar sempre um passo a frente de nós mesmas.
Corremos
atrás de um tipo ideal criando parâmetro de comparação com outras mulheres, e
somos bem exigentes.
Se estamos gravidas,
observamos as outras em condições semelhantes a nossa, principalmente as
famosas. Quantos quilos ela engordou? Quanto tempo levou para perder? Tem
estrias? Tem celulite? Esses detalhes
vendem revistas. É quase tão importante que o sexo do bebê.
Ai amiga,
vem a frustração, porque não vivemos de aparência, somos mulheres reais, e
muitas das pessoas que admiramos nas revistas, não vivem um vida real. Com
trabalho, filhos, marido, faxina, frustração, falta de grana e genética. É
difícil lidar com essa pressão. Estamos sempre insatisfeitas com a balança,
você nunca vai encontrar uma mulher que diga, estar satisfeita. Geralmente o
que ouvimos é que estamos todas em eterna dieta. Procurando uma formula
secreta, para nos faça de um dia para outro, virar capa de revista.
Observe as
crianças, principalmente as meninas, logo cedo, é uma preocupação com a
aparência. O que os amigos vão achar, do cabelo, o aparelho nos dentes, do
óculos? Logo muito jovens surgem a preocupação de ser aceita, e não é ser
aceita pelos seus ideias, é ser aceita com a sua aparência. E acredite quem
está fora do chamado modelo social, é duramente castigada. Ouvimos todo o tempo
caso de Bullying nas escolas. Antigamente coisas do tipo gordinho, magrela,
dentuça, era comum de ouvir, aprendemos a deixar pra lá, sofríamos calados com
a crueldade dos amigos. Hoje não, tudo virá caso de polícia. As próprias crianças
conseguem diagnosticar quando estão sendo vítimas de bullying e na maioria dos
casos tem a ver com a aparência. A culpa é nossa, nós inserimos nelas esses
padrões, e esquecemos de dizer que não fomos construídos em uma forma, onde
nascem todos iguais, somos diferentes em características físicas e de diferentes
raças. Não nascemos com preconceitos somos ensinados a ter.
Vivemos em uma sociedade severa, somos exigentes conosco e nossa exigência e
maneira de perseguir ideias de beleza, interferem em nossos filhos. Os fatos
estão ai, todos os dias, observe. Nossos filhos são nos espelhos.
Seja aos 15
ou aos 40 anos, as mulheres tendem a se desvalorizar diante das outras, a
procurar motivos no espelho para se desrespeitar.
Até quando
vai ser assim, a juventude e a jovialidade da nossa pele vai mudar, nossos
corpos também, mas junto com essa maturidade surgirão nossos pensamentos, mais
confiança, muito menos preocupação com o espelho. Isso não quer dizer que
ficaremos descuidar e feias, simplesmente mais bonitas dentro de cada
característica, já não teremos a necessidade de encher o guarda roupa de tanto
coisa, estamos aprendendo a comprar certo e a usar tudo que a ciência tem de
novo a favor da nossa saúde, e logo esse cuidado será refletido na aparência.
Não temos mais tempo para banalidades, nosso relógio
biológico está gritando. Podemos e devemos viver com nosso corpo em paz. Cuidar
da aparência tem mais a ver em cuidar da saúde. Não fumar, não beber, praticar
exercício físico, manter uma dieta com alimentos saudáveis, sem se privar de
nada. Não dá pra viver sempre de dieta.
Devemos pensar a longo prazo, deixar de perseguir resultados imediatos. Quando
temos práticas saudáveis, colhemos os resultados e não é preciso se matar para
isso. Construa o seu dia a dia, escolhendo o que é melhor para sua saúde,
abrindo mal da caixa inteira de chocolate e ficando só com um.
É você a
pessoa que deve ser agradada com o espelho, e não ao contrário. Valorize quem
você é, sempre é tempo de renovar e construir novos ideias, não nascemos com
raízes.

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