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5 de fevereiro de 2016

Romeo e Eu

Quando criança, lembro de conviver com os muitos gatos da vovó, e principalmente das peraltices, como puxar pelo rabo, essas coisas que criança faz. Minha avó partiu, os gatos bem antes.
Cresci sem a presença de animais, já na adolescência tivemos um cão, não tenho lembrança afetivas dele.  Já casada, tive algumas experiências. Uma vez,  deixaram na porta do meu escritório uma caixa com 7 filhotes, um susto, não resisti, acolhi e doei seis deles, sobrou uma, a menorzinha, Xuxa, tenho ótimas lembranças dela, a melhor com certeza, era a forma que cuidava da minha proteção quando eu estava grávida, selecionava quem podia se aproximar, era incrível essa percepção, ela já se foi, não resistiu ao câncer. Hoje temos dois cães,

Ter animais em casa é trabalhoso, as coisas do dia a dia, as despesas, e tudo mais. Geralmente só ouvimos os pontos positivos, e ninguém fala da responsabilidade que é ter um animal. Uma das nossas, a Lilica  tem 16 anos, é quase totalmente cega, usa vários colírios, não controla mais as necessidades, e requer muita atenção. Talvez se antes de comprar ou adotar um Pet, as pessoas realmente refletissem sobre o comprometimento que deverá ter, não haveria tantos animais abandonados ou entregues a sorte de pessoas cruéis.

Eu percebo que os animais, escolhem um dono, quase nunca é aquele que faz o cheque, e uma vez esse relacionamento estabelecido, é pra sempre. Vejo isso nos olhos da Mel e da Lilica, e sinceramente nunca entendi, até o dia que surgiu o Romeo, um gato na minha vida, para as pessoas que me conhecem, uma situação pouco provável. Qual a probabilidade de uma pessoa asmática ter um gato? Eu achava assustador ter gatos, não tinha afinidades  nenhuma com os gatos de amigos ou parentes, e ao contrario eles adoravam pular no meu colo e me deixar desconfortável.

Romeo mudou minha opinião sobre os gatos, quando ele me olha, parece ouvir meus pensamentos, ele cuida do meu espaço, vigia o meu sonho, quando é permitido. Nunca sobe  na cama ou sofá, já entende que a "mamãe" não gosta. Adora seguir meus passos no escritório e dormir em cima do meu teclado, solicita atenção para ser penteado e dorme no banho. Ele é doce e tranquilo, e a cada dia aprendo a respeitar sua natureza e seu espaço na minha vida. Ainda tenho muito que aprender com ele.  A primeira lição: sempre podemos mudar de opinião sobre as coisas, pessoas e vocação.

Esses nossos companheiros estão ao nosso lado por alguma razão, essa afinidade, esse olhar, os nossos cuidados, estão muito além da nossa compreensão. A vida curta, a partida e todos os momentos, que compartilhamos junto, tudo é para o nosso crescimento como um ser evolutivo.