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14 de agosto de 2015

# Fernando De Noronha

O Brasil é rico em belezas naturais, isso é um fato, lugares paradisíacos são a riqueza de um país que se esqueceu do povo a muito tempo.
Mês passado tive a oportunidade de conhecer a ilha de Fernando de Noronha, e como todo turista, deixo minha impressão sobre do lugar.

Noronha é um paraíso com certeza, de onde você estiver na ilha e olhar para o mar, a paisagem é um sonho, o verde e o azul do mar, suas baias são apaixonantes. Rochas lapidadas pelo tempo, completa a beleza. As  trilhas, os mergulhos tudo torna a experiência única.
Fernando de Noronha está mais perto da África que de São Paulo, a 500 quilômetros do continente, como assim eles se referem. Tudo que é consumido na ilha não é fabricado ou produzido, alimentos, remédios, combustível etc, tudo chega através do mar. O aeroporto organizado é típico, e recebe poucos voos diários, afinal há limite de visitação no local, e duas taxas para recolher obrigatórias.


Quando lá cheguei imaginava que fosse encontrar pessoas felizes sorridente. Como não ser feliz acordando todos os dias no paraíso? Mas não, apesar da natureza e toda a magia, a população não me pareceu feliz, diferente  dos outros nordestinos na  Bahia e no Ceará, em Noronha paira no ar uma animosidade, um excesso de franqueza, que sinceramente assunta. Não vi sorriso, gente feliz em receber o turista. Durante minha visita somente conseguimos rir da simpatia de um jovem garçom, que com prazer nos contou sobre os lugares que gostava e a diversão. Depois de  conhecer um pouco da história de Noronha, fiquei pensando como o fato de ter sido uma  prisão no passado, pode ter deixado marcas no solo e na alma do povo que ali vive.

Para você entender melhor, não há supermercado, lojas de roupas ou sapatos, faculdade, somente mercadinhos, uma agência bancária,  um posto do Correio e uma pequena farmácia. Em Noronha não há administração Municipal, é governo de Pernambuco.
Tudo é voltado ao turista, as pousadas domiciliares e as demais pousadas, os poucos restaurantes.
O veículo de transporte mais usado é o buggy, o litro da gasolina estava $ 5,78 L, uma latinha de cerveja $ 15,00. Há somente uma linha de ônibus com dois veículos no trajeto.
Internet não tem, alguns estabelecimentos com sorte, vendem o sinal aos turistas ou autoriza o uso durante algum tempo. Pagamos $15,00 por duas horas. Os restaurantes oferecem uma alimentação cara, mais com qualidade. Em média $ 75 por pessoa. Encontrei 4 Lojas de souvenir, sem nada muito interessante, não há investimento ou sinal de crescimento. Me apareceu que as pessoas que ali vivem, decidiram apenas viver no paraíso. Sem sonhos sem expectativas. O engraçado é ver o potencial do lugar e imaginar como poderia ser melhor aproveitado, a dúvida é se isso não destruiria justamente o que mais amamos a "natureza", a simplicidade e o fato de dormir com portas e janelas abertas, todos se conhecerem. Definitivamente um povo simples, que não se acostumou em ver turista vestido com traje de banho pelas ruas. O guia que contratamos, nasceu na ilha, costumava nos chamar de celebridades, reconhecendo que poucos podiam estar naquele paraíso com custo tão elevado. Gente famosa e estrangeiros são frequentadores assíduos da ilha.

Minha experiência foi incrível, adorei ter tido a oportunidade de ver de perto, um jeito tão diferente de levar a vida, vale a pena conhecer esse canto esquecido do Brasil. Prepare-se para o simples, o casual, e mergulhe nessa experiência única de um Brasil que só existe em Fernando de Noronha.

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