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27 de outubro de 2014

A Parábola da Vaquinha

Há alguns anos atrás, participei de workshop, e o palestrante usou essa parábola para ilustrar sua tese. Nunca esqueci da história, sempre que tenho oportunidade gosto de compartilhar. Ontem com a enorme decepção que sofremos, acredito que possa fazer com que refletimos sobre as reais necessidades do povo brasileiro.
Algumas vezes precisamos perder o que temos, para batalhar e ver que é possível, sair da nossa zona de conforto e melhorar cada vez mais. Existem aqueles que sobrevivem, simples assim. Há outros que constroem. De que lado você está?

Vamos refletir.
Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada, com fome e sede. O sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo.
- O senhor vê aquela vaca? - disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.


O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse o discípulo:
-Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo.
O discípulo não acreditou.
-Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem!

O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem:
- Vá lá e empurre a vaquinha.

Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar aquele lugar.
Queria ajudar a família, pedir desculpas, ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro e antena parabólica.
Perto da churrasqueira, adolescentes, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão. O coração do discípulo gelou. Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora.
Devem estar mendigando na rua, pensou o discípulo.

Aproximou-se do caseiro e perguntou se ele sabia do paradeiro da família que havia morado lá.
- Claro que sei. Você está olhando para ela.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte, altivo, a mulher mais feliz e as crianças, jovens saudáveis.
Espantado, dirigiu-se ao homem e disse:
- Mas o que aconteceu?  Estive aqui a alguns anos atrás era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo?

O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu;
- Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.

Moral da história: As vezes é preciso perder para ganhar mais adiante. É com a adversidade que exercitamos nossa criatividade e criamos soluções para os problemas da vida. Muitas vezes é preciso sair da acomodação, criar novas idéias e trabalhar de forma diferente.

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