A histeria desde o início da humanidade era descrita como uma doença feminina, a relatos presentes em documentos egípcios, escritos há 4 mil anos. Associa a diversos sintomas, geralmente dores por todo o corpo,irritabilidade, insônia, ansiedade, dores de cabeça, choro, falta de apetite, à incapacidade de caminhar e até mesmo abrir a boca. Atribuía-se como causa alguma alteração uterina. Por isso o nome "histeria", derivado do grego "hyster", que quer dizer útero.
Hipócrates, o pai da medicina, já falava sobre a histeria,
entre as doenças das mulheres. Ele também acreditava na hipótese da
movimentação do útero pelo organismo feminino, e o tratamento que ele
recomendava era o mesmo indicado pelos egípcios: inalação de vapores e fumaças
produzidas pela queima de produtos exóticos (que exalavam mau cheiro), e
manobras físicas com o objetivo de fazer o útero retornar ao local.
Interessante notar, que naquela época, esses quadros eram muito associados à
abstinência sexual, de forma que em casos mais complicados, era indicada a
introdução de uma espécie de "consolo" embebido em substâncias
perfumadas, na vagina da mulher ou simplesmente a prática de
sexo.
Como o surgimento do Catolicismo na Idade Média, a mulheres
vítimas de histeria começaram a ser identificadas como "bruxas”, muitas
foram assassinadas com base nessa suposição. O quadro de histeria era associado
à conjunção com os demônios. Na época foi até publicado um livro (o
"Martelo das Bruxas"), o qual orientava os inquisidores a diagnosticar
e castigar tais mulheres.
Quando finalmente no século XVI, um médico passou a recomendar a massagem no clitóris, feita em consultório. Com as mãos, o médico
estimulava a paciente até que ela atingisse o clímax, conhecido hoje como orgasmo. Depois de uma
sessão de gemidos e gritos, a mulher ficava mais calma, e os sintomas
desapareciam, pelo menos por um tempo.
Demorou muito, até
que o orgasmo feminino fosse aceito, e até hoje existe mulheres, que não
conhece esse prazer, e com isso tudo, está correndo risco de sofrer de algo mais
sério, afinal essa energia fica guardada dentro de nós, e como toda energia
quando não é canalizada explode, as vezes de uma força negativa. Muitos são os
que acreditam, que o câncer vem desta energia acumulada. Muitas mulheres defende,
que o orgasmo é um responsabilidade masculina, o que parece ser um erro enorme,
afinal somos responsáveis pelo nosso corpo, essa busca devemos fazer
primeiramente sozinhas e depois mostrar esse caminho aos nossos parceiros.
Infelizmente, ainda temos muitos preconceitos em relação ao
sexo e o orgasmo, mesmo depois de anos de existência do vibrador, e a quantidade
e a qualidade hoje destes produtos serem surpreendentes. Temos as ferramentas,
mas não a usamos. Ouvimos de nossas mães
que ouviram de nossas avós, que o prazer não existia, o sexo servia única e
exclusivamente para gerar filhos, uma situação mecânica e constrangedora.
Uma vez em uma loja
de sex shop, a vendedora me contou, que atendeu uma senhora de mais de 70 anos,
que procurava um vibrador, alegando que o próprio medico havia recomendado,
afinal não estava sendo possível fazer o exame Papanicolau, bem, verdade ou
não, eu adorei ouvir isso, essa senhora deve ter chegado a lua. Quantas vezes, estamos
com aquele mau humor ou encontramos mulheres irritadas na rua e logo vem a
cabeça, “nossa essa não foi bem comida”, um orgasmo com certeza iria curar esse
problema.
Depois que comecei a estudar esse assunto, passei a observar
as mulheres, e confesso, que essas coisas estão estampadas na nossa cara, eu
mesma, já constatei esse sintoma.
Agora não temos mais desculpas, somos donas do nosso
destino, que tal fazer uma visitinha a uma loja bem legal, há várias. Algumas
não estão preparadas pra receber tão bem, mas podemos encontrar vários produtos
em venda online com total descrição.

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